Sou um mabembe da Londres do século XIX, paradoxalmente transgressor como Niemeyer, andando ao som de uma rabeca sertaneja parisiense, com um ar de fotógrafo pós-moderno, que se comporta como a torre de Piza.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Valsa maldita.

Eis-me aqui, no rodopiar eterno,
Bailando trôpego com o par errante.
Eis-me, outra vez, de passo incerto,
Sendo no vórtice louco, a variante.

Eis-me entregue como na orgia
Ao que volve lenta essa música.
Eis-me na dor, como na poesia
E na valsa como se fosse a única.

Eis-me cego ao que me consome.
Taciturno ao que me ensurdece.
Leso, sem ouvir da valsa o nome.

Eis-me distante como quem evita,
O Par, a dança, a música e a prece.
Eis decerto, minha valsa maldita.

Jairo Alt

Um comentário:

Moniquinha disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.